terça-feira, 12 de abril de 2011

Um bairro horizontal

O Pé Pequeno conseguiu manter-se como bairro de caráter residencial



Localizado entre os bairros Santa Rosa, Cubango e Fátima, o Pé Pequeno é um dos menores bairros de Niterói, com apenas quatro mil habitantes.
 A origem do seu curioso nome deve-se ao surgimento do bairro em meados do século XVIII, quando Antônio José Pereira de Santa Rosa Jr., conhecido também por Pé Pequeno, herdou a area.  O local abrigava famílias de nível econômico elevado e alguns dos nomes ilustres do município.
Já na década de 40 começou a construção de várias casas no local, com ruas saneadas e pavimentadas, desenhando assim a atual configuração do bairro.
A consultora de vendas Carmen Lúcia do Amaral mora no bairro há 27 anos, e escolheu o bairro pela tranquilidade. “O único problema por aqui é que apesar das pessoas se conhecerem há muitos anos ninguém tem muito contato, mas também tem muitas vantagens como a privacidade e o contato com a natureza”, afirma.
O Pé Pequeno acompanhou os mesmos processos de urbanização que deram origem a Santa Rosa, porém conseguiu escapar da explosão imobiliária que levou os bairros vizinhos a intenso processo de verticalização. O Pé Pequeno conseguiu manter-se como bairro de caráter residencial. O bom estado de preservação dos casarões antigos é um fator de valorização do bairro.
De acordo com o corretor de imóveis da Patrimóvel Niterói, Thiago Monteiro, o bairro não escapara da especulação imobiliária e também será alvo da verticalização. “Com a saturação de Icaraí e Ingá, as incorporadoras têm apostado suas fichas em Santa Rosa e adjacências”, garante. Confirmando a previsão do consultor, recentemente uma construtora formalizou propostas da compra das casas de alguns moradores para construção de um edifício. Isso reforça que esse bairro tão tradicional na cidade pode perder sua maior característica.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Moradores de Santa Rosa, em Niterói, perdem espaço na Praça Raul de Oliveira


A Praça Raul de Oliveira, no Largo do Marrão, em Santa Rosa, é utilizada por crianças, skatistas e idosos em diversas atividades. Durante a semana, na parte da manhã, acontece ginástica do Projeto Gugu. Além disso, muitos pais levam seus filhos para brincar no parque, andar de bicicleta e tomar sol.
Infelizmente, os frequentadores da praça estão perdendo espaço para um grupo de mendigos que dormem nos bancos, guardam lixo no local, consomem álcool e ainda ameaçam moradores.
 A presença dos mendigos tem atrapalhado as atividades do Projeto Gugu, que oferece ginástica gratuita no local, para cerca de 90 idosos. Segundo uma aluna do grupo, Maria da Penha Araújo, os novos “frequentadores” têm deixado o local sujo e provocado constrangimento. Um abaixo-assinado pedindo ajuda será entregue à Secretaria Municipal de Segurança Pública e Controle Urbano.
Quando professores e alunos chegam de manhã, os mendigos estão dormindo no palanque que é utilizado para as aulas. Eles urinam e defecam no local, deixando um odor insuportável.
A psicóloga Ana Paula Cordeiro, é obrigada a passear com o filho de 5 anos no parquinho do seu prédio porque, segundo ela, a praça já não é local adequado para uma criança.
“A pracinha está com uma frequência horrível. Não podemos deixar as crianças brincando à vontade, porque tem pessoas estranhas que ficam encarando. Tenho medo que façam algo”, reclamou.